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Ciência e pesquisa é lugar de mulher negra, mostra Anna Canavarro Benite

Nov 20, 2025

Por Patrícia Faermann, no GGN                                                                   


Ciência e pesquisa é lugar de mulher negra, expressa a pesquisadora Anna Canavarro Benite, doutora em Química e Professora Titular da Universidade de Goiás, que coordena diversos projetos, como o “Investiga Menina”, focado em atrair meninas negras para carreiras STEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática) desde a educação básica.

A fala de Benite foi concedida ao Projeto Brasil, no programa de lançamento da plataforma de divulgação científica e de políticas públicas, no dia 9 de julho deste ano, e reproduzimos neste Dia da Consciência Negra. Em sua rápida participação, ela discutiu a importância da ciência negroorreferenciada e sua conexão com políticas sociais e educação no Brasil.

A pesquisadora enfatizou a necessidade de a ciência sair dos nichos acadêmicos e alcançar a população, discutindo a relação entre quem financia e quem desenvolve pesquisa. Ela argumenta que a equidade étnico-racial deve ser um quesito de inovação, ressaltando que a diversidade de mentes fortalece o modelo científico e ajuda a reduzir a discrepância entre a alta produção científica do país e seu baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Neste aspecto, ela ressaltou a ODS 18 (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 18), que trata especificamente da igualdade ético-racial no país. Segundo Benite, a ciência, quando sai dos nichos de meritocracia, torna-se a real possibilidade de desenvolver discursos e ações contra-hegemônicas a atitudes ou governos totalitários.
Na conversa, defendeu que a ciência seja justa e acessível, combatendo a meritocracia e a fragilidade de um modelo homogêneo.

Para a pesquisadora, o papel crucial da ciência negroorreferenciada é promover a equidade na educação e nas carreiras científicas, desenvolvendo currículos, imersões e metodologias que consideram a equidade como um quesito de inovação na produção e educação em ciência e tecnologia, e trazendo a cara das mulheres negras cientistas que estão fazendo ciência de ponta no país para os currículos das disciplinas, desde a educação básica até as universidades.

O programa Investiga Menina (coordenado desde 2009 e contemplado pelo CNPq) distribui bolsas de iniciação científica na escola básica para meninas negras e periféricas, muitas com 13, 14 ou 15 anos.

Essas jovens pesquisadoras trabalham em temas avançados, como desenvolvimento de robótica, microchipagem para adaptação de laboratórios para estudantes com deficiência visual ou auditiva, ou aparatos tecnológicos para ensino de espectro eletromagnético. Elas ingressam nas plataformas de difusão de ciência e tecnologia e passam a fazer parte do cadastro nacional de pesquisadores.

 

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