No Brasil, existe uma corrente política que uma vez no poder nega a ciência, a ponto de permitir a morte de centenas de milhares de pessoas, e ataca as artes e os artistas, porque não tolera que peças de teatro, livros, filmes, pinturas e músicas façam as pessoas pensar e questionar a realidade.
Esse grupo político/ideológico quando chega ao governo sabota os direitos humanos mais elementares, desrespeita as mulheres, expõe as populações indígenas à ação de garimpeiros e madeireiros ilegais, além de incentivar o desmatamento e as queimadas florestais, "passando a boiada" no meio ambiente.
Extremista de direita, esse segmento se serve de suas posições de governo para ofender jornalistas e cercear a liberdade de imprensa, bem como para chancelar o racismo estrutural e a desigualdade social que envergonham o Brasil.
Movido por suas convicções totalitárias e antidemocráticas, tenta rasgar a Constituição através de golpes de estado, chegando a tramar o assassinato do presidente da República eleito, do seu vice e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
Entretanto, chega a ser chocante o latifúndio de espaço oferecido pela imprensa comercial brasileira para os fascistas nativos, propagadores da intolerância e do ódio. E o fazem com a maior naturalidade do mundo, como se a extrema direita em nosso país atuasse com um movimento político legítimo.
Será possível que até mesmo jornalistas experientes não enxerguem que o próprio exercício de suas profissões estará em risco caso os inimigos da democracia emplaquem seu projeto de país, fazendo valer sua ideologia?
Como entender porque não se dão ao trabalho de imaginar como estaria o Brasil, e todos nós, nos dias que correm, se o golpe tentado em 8 de janeiro de 2023 tivesse dado certo?
Da minha parte, tenho todo o direito de considerar que o motivo pelo qual douram a pílula dos golpistas é a necessidade de agradar o antipetismo roxo dos donos dos grandes veículos de comunicação, seus chefes.
Antipetismo, aliás, endossado por vários desses profissionais de O Globo, Folha, Estadão e Veja.
Na visão deles, vale a pena até flertar com o perigo da liquidação do estado democrático de direito, desde que seja para não colocar azeitona na empada do PT.
E o Brasil que se dane,