O cinema brasileiro vive um momento de grande projeção internacional com a conquista inédita de Wagner Moura no Festival de Zurique. O ator baiano tornou-se o primeiro sul-americano a receber o Golden Eye Award, reconhecimento que valoriza sua trajetória e a interpretação em O Agente Secreto, longa dirigido por Kleber Mendonça Filho.
Em vídeo exibido nas redes oficiais do festival, Moura celebrou o feito destacando o caráter coletivo da conquista. “É um reconhecimento que eu carrego, e entendo que não é apenas sobre mim, ou o que faço, mas sobre o cinema sul-americano. E isso me deixa muito orgulhoso”.
Caminho consolidado para grandes premiações
O ano de 2025 marca a consolidação internacional do ator. Em maio, ele recebeu o prêmio de melhor ator em Cannes, feito inédito para o Brasil, ao lado de Mendonça Filho, que levou o troféu de melhor direção pelo mesmo filme. Esse desempenho histórico colocou o longa no radar dos críticos e abriu caminho para novas conquistas.
A revista Variety já projeta Moura como favorito na categoria de Melhor Ator no Oscar 2026, enquanto O Agente Secreto foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para disputar a vaga de Melhor Filme Internacional.
Kleber Mendonça Filho exaltou o talento e a parceria com o ator. “Wagner é alguém que eu amo. Ele é um bom amigo. É incrivelmente carismático. É uma estrela de cinema, um grande ator e uma pessoa incrível. Ou seja, é o pacote completo”.
A produção se passa durante a ditadura militar dos anos 1970, período também retratado em Ainda Estou Aqui, vencedor do Oscar de melhor filme internacional em 2024. Após o impacto positivo em festivais como Cannes, onde recebeu prêmios de melhor ator e melhor direção, O Agente Secreto foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na disputa pelo Oscar 2026 de melhor filme internacional.
Novas expectativas para o cinema brasileiro
Com estreia marcada no Brasil para 6 de novembro, O Agente Secreto amplia as expectativas para que o país conquiste novas estatuetas nas principais premiações mundiais. O reconhecimento internacional de Moura e Mendonça Filho mostra que o cinema brasileiro vive um ciclo virtuoso, capaz de unir prestígio artístico, relevância histórica e projeção global.