Coluna de 13, 14 e 15 de junho
Em uma sala de espera de clínica médica, na qual estive esta semana, pude constatar o estrago na popularidade do governo Lula causado pelos descontos fraudulentos nas aposentadorias e pensões de segurados do INSS. Das cerca de 10 pessoas que aguardavam consulta, praticamente todas responsabilizavam o governo Lula pelo esquema. A amostragem pequena foi confirmada pelas últimas pesquisas (Ipec/Ipsos e Datafolha), que revelam que o escândalo freou a recuperação do governo.
Mesmo convencido de que a devolução do dinheiro, quando acontecer, permitirá ao governo dar a volta por cima, está claro que a narrativa correta de que as fraudes começaram na gestão Bolsonaro, cujo governo nada fez para enfrentá-las, não tem sensibilizado as pessoas. E a pergunta que se coloca é: no momento, o governo vem dando ao problema a prioridade que merece em termos de disputa na sociedade?
É evidente que não. Quantos ministros e parlamentares gastam seu tempo informando a opinião pública sobre o andamento das investigações da Polícia Federal? Não seria bem-vindo também comentários mais frequentes do próprio presidente Lula sobre o assunto? Minimizar o caso é o pior caminho.
Mais uma do Estado terrorista de Israel
Maior ameaça à paz mundial, Israel dissemina preocupação em todo o planeta com a agressão militar ao Irã, que causou inclusive a morte de dois chefes militares iranianos importantes. Isolado diplomaticamente devido ao genocídio na Faixa de Gaza, o regime sionista apela para a expansão do conflito usando como pretexto a eterna acusação do ocidente, nunca provada cabalmente, de que o Irã refina urânio com propósitos militares. O regime iraniano já avisou que vai retaliar e os riscos de generalização das hostilidades militares na região são reais.
O que há por trás da guerra contra as medidas fiscais
O economês empolado dos agentes do mercado e a pregação contra os "gastos públicos" feita pela mídia não conseguem esconder o essencial: eles querem porque querem que o ajuste das contas públicas seja feito com a sacrifício dos pobres e nenhuma colaboração dos ricos e privilegiados. Prova disso é a defesa que fazem do fim dos mínimos constitucionais de saúde e educação, da desvinculação do salário mínimo da previdência e dos cortes no Benefício de Prestação Continuada (BPC). É Justo Veríssimo na veia.
Sinal dos tempos
Chegou a ser constrangedor o foguetório da imprensa esportiva brasileira pela magérrima vitória da seleção brasileira sobre o "poderoso" time do Paraguai. Uma coisa é apoiar o início de trabalho do ótimo treinador italiano, Carlos Ancelotti. Outra bem diferente é expressar uma visão triunfalista, sem senso crítico e respaldo nos fatos. Esse oba-oba é inclusive desrespeitoso com a história vitoriosa da seleção brasileira. É por essas e por muitas outras que o Brasil completa, em 2026, 24 anos sem conquistar uma Copa do Mundo.