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Durante uma reunião de gabinete nesta terça-feira (21), o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, convocou uma ampla mobilização popular e internacional em defesa da soberania nacional diante das “ameaças intervencionistas” do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O apelo foi feito após o líder colombiano denunciar o que classificou como uma campanha de difamação e de militarização promovida por Washington sob o pretexto da guerra às drogas.
Segundo Petro, a ingerência norte-americana representa um risco direto à estabilidade da América Latina e um grave atentado contra a autodeterminação dos povos, destaca reportagem da Telesur..
Em seu pronunciamento, Petro exortou os colombianos a irem às ruas:
“O povo tem que ir às ruas hoje, e é por isso que convido vocês a se juntarem a mim na sexta-feira, às quatro da tarde, porque é em companhia que se defende de um monstro como Trump”, declarou o presidente colombiano.
Denúncia contra a campanha belicista de Washington
Durante a reunião, o mandatário advertiu sobre “as terríveis consequências” que uma intervenção estrangeira poderia provocar no país e pediu apoio global para frear as agressões de Donald Trump.
“O mundo deve se levantar contra as ameaças e agressões de Trump”, afirmou Petro.
O chefe de Estado instruiu ainda o embaixador colombiano em Washington a apresentar o caso “em todos os foros possíveis”, ressaltando a necessidade de diálogo diplomático para evitar “um massacre do povo latino-americano”.
Horas antes do pronunciamento, Gustavo Petro havia criticado duramente a decisão do Tribunal Superior de Bogotá de absolver o ex-presidente Álvaro Uribe, cuja condenação de 12 anos por suborno e fraude processual foi anulada. Para o atual presidente, a medida representa “a continuidade da história da governança paramilitar na Colômbia”.
“Agora, Trump, aliado a esses políticos e a Uribe, buscará sancionar o presidente que, ao longo de sua vida, denunciou as alianças entre o poder político colombiano e o narcotráfico paramilitar”, disse Petro.
A decisão judicial restabelece a liberdade imediata de Uribe, acusado de manter vínculos com grupos paramilitares e de ter influenciado processos judiciais por meio de subornos.