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GGN viaja a Chengdu para conhecer o esforço chinês por Iniciativa da Rota da Seda

Ago 28, 2024

Cintia Alves, no Jornal GGN                                                                                                                                 

 

Em um edifício monumental em Chengdu, na ensolarada província de Sichuan, a China promoveu nesta quarta-feira (28) um fórum internacional que reuniu cerca de mil pessoas, entre colaboradores de empresas de mídia, companhias de tecnologia, energia e engenharia, além de representantes dos países que participam da Iniciativa da Rota da Seda (Belt and Roat Initiative).

Neste ano, o objetivo do fórum, que está em sua oitava edição, é discutir o papel da imprensa na difusão e fortalecimento do projeto lançado por Xi Jinping em 2013. A editora Cintia Alves*, do Jornal GGN, está entre os jornalistas de mais de 70 países que participam do evento.

Com a promessa de estabelecer relações de “ganha-ganha” com países em desenvolvimento, a iniciativa da rota da seda prevê investimentos chineses em infraestrutura para conectar e facilitar o comércio entre Ásia, América Latina, África e Europa.

Para os chineses, o fórum oferece uma plataforma para diálogo e intercâmbio de informações entre países que integram ou flertam com a iniciativa. O Brasil ainda não faz parte do cinturão, mas o presidente Lula disse recentemente que está disposto a entrar para o time e quer ser “titular”, embora ainda não esteja claro qual o papel que o país pode desempenhar nessa parceria.

“Todos os países buscam para si uma posição de ganha-ganha”, disse Marcos de Oliveira, um dos convidados a falar no evento. Oliveira é diretor do site brasileiro Monitor Mercantil, que reúne informações sobre os investimentos, trocas comerciais, intercâmbios culturais e outras informações sobre o cinturão. Ele sugeriu um site institucional para concentrar dados oficiais sobre Belt and Roat.

Com um fórum focado em mídia, os chineses pediram colaboração dos jornalistas para contar histórias que fortaleçam o cinturão e rota. Eles entendem que a imprensa desempenha “papel ativo e decisivo como promotores da construção”, explicou Tuo Zhen.

Oliveira ressaltou que a despeito da resistência dos norte-americanos e da mídia ocidental, “o cinturão se tornou uma realidade que influencia rumos mundiais”, e a opinião pública não deve se limitar a “ver o mundo apenas pelos óculos da mídia ocidental” – que defende interesses unilaterais e tece inúmeras críticas à iniciativa, inclusive taxando-a como uma suposta nova forma de colonização.

Como estratégia para os próximos anos, a China decidiu estimular o intercâmbio com veículos internacionais e sugeriu o “uso do poder coletivo de mídia para contar boas histórias sobre o cinturão”. “A mídia ajudará a consolidar as alianças e a construir um futuro compartilhado”, comentou Yu Shaoling.

Vice-ministra do Departamento Internacional do Comitê Central do PCCh, Sun Haiyan afirmou que a China tem recursos suficientes e está determinada a continuar com o plano de investimentos em países emergentes nos próximos anos. Ela rebateu as críticas de que o crescimento “abrandado” da economia chinesa – “abaixo de dois dígitos” – seja capaz de desacelerar os planos.

*A reportagem do GGN viaja a Pequim, Hubei e Sichuan a convite do departamento de relações internacionais para a América Latina do Partido Comunista Chinês. Nos próximos dias, reportagens serão veiculadas.

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