
Foto: Etsuo Hara/Getty Image
Carlo Ancelotti será o técnico da seleção brasileira no ciclo até a Copa do Mundo de 2030. Ao menos é este o desejo sinalizado pelo treinador italiano e também pela CBF nas recentes conversas em que a renovação do contrato atual – válido até o Mundial de 2026 – foi debatida.
A vontade de Ancelotti já havia sido verbalizada em entrevista à ESPN no último mês de setembro. Em outubro, durante os jogos contra Coreia do Sul e Japão na Ásia, dirigentes da confederação informaram ao treinador que o desejo era mútuo e combinaram uma conversa futura para definir o caso. Na Data Fifa de novembro, uma nova roda de conversa. Desta vez, com alguns temas mais concretos na mesa.
Em jantares e contatos entre os jogos contra Senegal e Tunísia na Europa, interlocutores da CBF puxavam o assunto da permanência. Ancelotti reforçava, também em tom informal, o desejo de seguir no comando da seleção para além da Copa de 2026.
O papo, até então informal, virou conversa séria nos dias que sucederam os jogos de novembro. CBF e Ancelotti reforçavam o interesse na manutenção do trabalho. Era hora de falar de valores e detalhes contratuais. O treinador não demonstrou nenhuma resistência à proposta da confederação de manter os termos atuais para um novo vínculo - agora de quatro anos.
Um acordo prévio foi verbalizado. Sem maiores dúvidas sobre a permanência para depois do Mundial a ser disputado em Estados Unidos, México e Canadá, as partes combinaram de sentar novamente no início de 2026 para colocar a tinta no papel e oficializar a renovação. A ideia é que o novo contrato seja assinado antes mesmo da próxima Data Fifa - em março, em Boston e Orlando, nos jogos contra França e Croácia.
Tanto na confederação, quanto no estafe de Ancelotti, o assunto é tratado como algo pacífico e já resolvido.
Satisfeito com o trabalho de Ancelotti até o momento, o presidente da CBF, Samir Xaud, tem certa pressa e não deseja que o caso vire uma novela. A confederação não quer que a permanência ou não do técnico vire uma pauta durante preparação e disputa da Copa do Mundo do próximo ano. Carleto, por sua vez, entende que chegar aos Estados Unidos de contrato já renovado aumenta a tranquilidade para o trabalho.
O treinador não esconde nas conversas o quão “adaptado à seleção e ao Rio de Janejro” está e que isso influencia no seu desejo de permanecer na CBF até 2030.

