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Atlético-MG e Lanús já fizeram 'final do terror' no passado com pancadaria e 'surra' dos argentinos

Nov 20, 2025

Por Daniel Servidio, na ESPN                                                                                         

 

Duelo entre Lanús e Atlético-MG pela final da Copa Conmebol de 1997 foi marcado por confusão Reprodução

A final entre Lanús e Atlético-MG pela CONMEBOL Sul-Americana no próximo sábado (22), no Paraguai, será a terceira entre as equipes. Há pouco mais de uma década, em 2014, o Galo foi campeão da Recopa contra os argentinos. E em 1997, pela Copa Conmebol, os mineiros também levaram a taça, mas a decisão ficou marcada mesmo por uma pancadaria no jogo de ida, na Argentina.

Em entrevista exclusiva à ESPN, o ex-zagueiro Sandro Blum e o ex-lateral Dedê relembram o confronto no estádio La Fortaleza, em Buenos Aires, que terminou com vitória atleticana por 4 a 1 e muita "surra" por parte dos argentinos.

"Não foi só uma final, foi praticamente uma guerra", recordou Dedê. Assim que o juiz apitou o final da partida, um tumulto tomou conta do campo. A delegação do Atlético-MG, em desvantagem númerica, foi bastante agredida. O então treinador Emerson Leão, inclusive, teve de passar por cirurgia na face por conta de fraturas.

"Tivemos um ritmo de jogo muito bom. O Lanús via que não conseguia intimidar nosso time na bola e as coisas foram ficando difíceis. Na metade do segundo tempo fomos percebendo o Lanús começando a ameaçar com palavras. 'Lá fora vocês vão ver', diziam. As coisas foram ficando cada vez mais críticas. Eles tentando bater. Naquela época não tinha VAR, senão eles teriam sido expulsos na própria partida. A gente não estava levando tanto a sério que aconteceria [a briga] da maneira que foi. Pode dizer que tomamos uma surra. Não foi nem uma briga. Foi desonesto, desleal", disse o ex-lateral.

"Lembro que um cara tinha ameaçado o Valdir ou o Jorginho. Falou que 'daqui a pouco vocês vão ver'. Foi a ameaça mais clara. Na hora que acabou o jogo, que fomos cumprimentar um jogador ou outro, as coisas foram se fechando. Foi muito rápido. Quando tentamos correr para o vestiário, estava tudo fechado. Não tinha nem como passar mais. Se fosse 11 contra 11, a gente encararia. Mas tinha segurança, torcedores, tanta gente. Você fica desnorteado. Fomos encurralados perto do alambrado. Tomei chute, soco", acrescentou.

O relato é bem parecido com o de Sandro Blum. O ex-zagueiro afirmou que o clima antes do jogo era de tranquilidade e que o elenco do Atlético-MG foi bem recebido no país vizinho. Após a partida, porém, tudo mudou.

"Eles nos jogaram contra um alambrado baixinho, tanto que torcedores davam chutes por cima do alambrado. O que fazemos? Defender, bater? Não sabíamos nem o que estava acontecendo. Muita gente invadiu. Ficamos espremidos entre o banco de reservas e o túnel. Aos poucos a gente via que buscavam um, outro. Tinha pouco policiamento, que nada podia fazer. A briga terminou quando o Leão tomou, que a gente não sabe se foi ferro, madeira, soco, que acabou saindo muito sangue, ele caindo. Houve o temor de que tinha acontecido algo mais grave. Foi quando parou a briga", recordou.

Duelo entre Lanús e Atlético-MG pela final da Copa Conmebol de 1997 foi marcado por confusão Reprodução

"Não tinha para onde correr. A gente procurava se defender. Um puxava o outro. A gente agarrava nossos atletas para tirá-los, mas nisso a gente os impedia de se defenderem. Eu levantei nosso doutor do chão e aí veio outro cara e deu de novo. Depois ele disse no vestiário: 'Por que não me deixou caído?'. Eu tomei uma voadora, não sei de quem foi, pegou no meu abdômen. Fiquei fora do jogo de volta, não sabia se tinha rompido o baço, alguma situação", disse.

Por conta do chute que levou, Sandro Blum foi poupado da partida de volta, que terminou empatada por 1 a 1 e deu o título ao Atlético-MG. Ele já precisava fazer uma cirurgia na mão ao fim da temporada, por uma lesão anterior, e "aproveitou" a necessidade de ser poupado para realizar o procedimento. A segunda partida, em Belo Horizonte, foi disputada mais de um mês depois.

 

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