Hansi Flick e Luis Enrique são os técnicos responsáveis pelas reformulações em Barcelona e PSG, respectivamente Getty Images
Apesar de estarem em lados opostos na chave e só poderem se enfrentar em uma eventual final na Champions League, Barcelona e PSG têm muito em comum. E até mesmo no que diz respeito ao protagonismo que vêm tendo nessa edição.
Nesta terça-feira (15), enquanto o Barça busca confirmar a classificação na Alemanha após o 4 a 0 na ida contra o Borussia Dortmund, os parienses também tentarão segurar a vantagem diante do Aston Villa, em Birmingham, após o 3 a 1 no Parque dos Príncipes.
E a possibilidade de avançarem mais uma casa em busca de um sonhado título de Liga dos Campeões também vai coroar os trabalhos que Hansi Flick e Luis Enrique vêm fazendo respectivamente em Barcelona e PSG. Tudo em meio a um difícil processo de reformulação que já deixou muitos craques pelo caminho.
Depois que Lionel Messi deixou o Camp Nou rumo ao PSG, a melhor campanha do Barcelona na competição foi chegar às quartas de final, o que aconteceu na temporada passada, ainda sob o comando de Xavi, que coincidentemente caiu para o time francês, já comandado por Luis Enrique.
Com a saída de Xavi para a chegada de Flick, o time catalão conseguiu virar rapidamente a chave, ainda que o elenco não tenha mudado tanto. Porém, a desconfiança deu lugar a um Barcelona que, hoje, briga por todos os títulos que disputa na temporada e que tem Lamine Yamal e Raphinha "voando" em campo e sonhando até com a Bola de Ouro.
Além da Champions, o Blaugrana ainda briga pelos títulos de LALIGA e da Copa do Rei, onde vai encarar o Real Madrid na final. E na atual temporada, a equipe já levantou a Supercopa da Espanha, superando exatamente o arquirrival.
Luis Enrique, por sua vez, já está no PSG desde 2023 e chegou em um momento de transição do clube. Messi e Neymar tinham acabado de ir embora, e Kylian Mbappé estava na sua última temporada antes da transferência para o Real. A relação com a torcida, por sua vez, ia de mal a pior.
Mesmo com um elenco "menos estrelado", que passou por uma reformulação, onde os astros foram aos poucos sendo substituídos por jogadores mais jovens e outros menos badalados. Ousmane Dembélé e Kvaratskhelia são os principais nomes do "novo PSG", que hoje parece mais próximo de de conquistar a sua primeira Champions do que antes.
Na única vez que chegou em uma decisão da Liga dos Campeões – e bateu na trave contra o Bayern de Munique –, o PSG ainda tinha Neymar e Mbappé no elenco. Agora só uma segunda final para provar que Luis Enrique, campeão continental com o Barcelona há 10 anos, foi a escolha certa do clube para enfim encerrar esse jejum na competição.
E assim com o Barcelona de Hansi Flick, o PSG também pode terminar a temporada com todos os títulos conquistados. O clube já conquistou a Supercopa da França e o Campeonato Francês e ainda busca a Copa da França junto da Champions.
Confirmando a ida à semifinal, o Barcelona encara Bayern de Munique ou Inter de Milão, enquanto o PSG pega Arsenal ou Real Madrid.