O Teatro Casa Grande, palco histórico da resistência de artistas e intelectuais à ditadura durante três décadas -60,70 e 80 – vai voltar a ser cenário dos mesmos compromissos com a democracia nesta segunda-feira.
O palco que recebeu a primeira visita de Lula ao Rio, em 1976, o lugar onde nasceu a organização do movimento das diretas-já e que tem um valor especial para os jornalistas – lá nos organizamos para retomar, no final dos anos 70, o sindicato das mãos da direita – retoma suas tradições com o ato Brasil pela Democracia, que juristas, artistas, intelectuais e religiosos cariocas estão convocando.
Abaixo, o manifesto dos organizadores:
“Nosso país vive momentos decisivos de sua história. Novamente, forças antidemocráticas e conservadoras tramam interromper um ciclo da jovem democracia brasileira para impor seu programa antipopular.
Derrotadas nas urnas no pleito de 2014, tais forças políticas e econômicas, articuladas a setores do judiciário, do ministério público, da polícia federal e potencializadas pela grande mídia corporativa, usam do expediente constitucional do impeachment para conseguir aquilo que a soberania popular lhes negou.
Sem conseguir caracterizar crime de responsabilidade da atual mandatária da nação, a ferramenta do impeachment torna-se um instrumento golpista para que essas forças derrubem um governo legitimamente eleito e regressem ao poder. Portanto, a vulgarização golpista do impeachment coloca na alça de mira não apenas um mandato conquistado nas urnas, mas o próprio Estado Democrático de Direito. Tal ataque representa uma ameaça real aos direitos sociais, políticos e econômicos da imensa maioria trabalhadora da população.”
PS: O Teatro Casa Grande fica na Avenida Afrânio de Melo Franco, 290, no Leblon. O início está previsto para as 19 horas de segunda, 4/4.